04/11 - 서울
Como já comecei a descrever ontem: o metrô de Seul é confuso, cheio, o intervalo entre os carros é grande, não há aqui nada semelhante a um passe diário ou semanal. A bem da verdade, na Lulalândia também não. Depois de mais uma hora de deslocamento e ainda ter descido na estação errada, conseguimos finalmente pegar os kits de corrida. No meu, mais uma camiseta que sinto uma pena enorme de usar e macular com o aroma do meu sovaco, e portanto provavelmente vai voltar invicta na mochila para fazer companhia às outras quatro da viagem passada, que estão lá em cima do móvel tomando poeira e aguardando a chegada de uma traça gulosa para me fazer morrer de arrependimento. Também um roupão enorme, bonitão, mas meio quente para o clima cada vez mais equatorial de São Paulo, e que, só ele, já ocuparia metade do volume de minha pobre mochila.
À tarde, finalmente, depois de tomar o protagonismo da deselegância, ser agente e não vítima da escrotice e desmarcar com o tio a presença na caminhada agendada, fomos fazer um museum hopping, três deles de enfiada, há vários gratuitos em Seul, até enjoar. Até uma sucessão de museus pode cansar, meio como um cardume de mulheres numa suruba: aperta aqui, beija ali, lambe acolá, penetra nisto, ejacula naquilo, e logo logo você está arrancando seus já não tão fartos cabelos, urrando internamente em despero "chega! mais uma não!", e desejando voltar logo pra casa pra, sei lá, lavar louça.
E, ainda assim, o mais bacana da tarde foi ter assistido um filminho com óculos de realidade virtual, em poltrona que se movimentava, uma plena atração de parque de diversão, descoberta de forma absolutamente fortuita cortando caminho por baixo do prédio da prefeitura... e de graça.
Seguindo caminho, demos de cara com um comício pelo impeachment do atual presidente do país, que se repete semanalmente, há um ano. Assinei a petição, devidamente escrita em coreano, sem nem fazer ideia exata do que estava reinvidicando.
E, no fim do dia, a confirmação que as coisas mais inusitadas da vida são como um pênis na púbis daquela moça que estava parecendo muito descomplicada e atirada ao seu lado no banco do ônibus: a gente encontra onde menos esperava. Entramos em um supermercado pra comprar algo pra mastigar no final da noite, e demos de cara com o paraíso da boquinha!!! A cada corredor, umas quatro tias com suas mesinhas e bandejinhas oferecendo degustação e amostra grátis de absolutamente tudo que se deixasse morder. Dá pra fazer uma refeição de 2000 calorias só andando de lá pra cá, absolutamente de graça, e ainda ter uma boa noção do que os coreanos realmente comem no se dia-a-dia.
Amanhã tem corrida. Faz uns 3 dias que voltei a sentir, de modo mais intermitente, as mesma infames fisgadas na virilha esquerda da viagem passada. E a bolha em meu dedinho do pé está uma lástima dolorosa a cada passo, mesmo com o tėnis de correr, mais confortável. Vamos ver que merda dá.
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