05/11 - 서울
E dizia a previsão do tempo que ia chover forte bem hoje, no dia da maratona. Não acreditei, ontem o dia permaneceu nublado mas sem uma gotinha. Até que hoje, de madrugada, começa o barulhão no telhado. pela manhã, ainda uma garoinha, que ao longo de toda a maratona virava chuva mais forte, dava um tempo, voltava em seguida, deixando aquelas poças no chão. Meu tenis Skechers, que é ótimo pra tudo, molinho, levinho, exceto pelo solado, que vira um sabonete besuntado com KY em chão molhado, aguentou bem. Ou nem tanto. Já havia corrido com ele antes da viagem, sem ter pêgo em lugar nenhum dos pé, mas hoje, com o atrito piorado pelo ensopamento, não aguentou o tranco e mastigou meu calcanhar. Do dedinho com bolha ou da dor na virilha, ao menos, nada, mas além de minha artéria calcânea jorrando sangue, consegui fazer uma outra bolha monstro na sola do pé, para a qual não há solução senão a amputação, para não ficar pisando em cima a cada passo.
O percurso da corrida foi bem urbano. Sem o capricho de passar por dentro de parques ou regiões mais cênicas, só grandes avenidões cheios de prédios. Quase sempre com apenas uma pista isolada para os corredores, enquanto a vida seguia na pista ao lado, então sempre com um certo adensamento de pessoas ao redor, pra não perder o costume de como é deste lado do mundo. Não chegava a ser padrão São Silvestre, mas passava longe de ser como em Kassel, tão rarefeita que consegui pegar o caminho errado.
Em vários momentos, tanta gente se borrifava com um spray de cânfora que vários corredores com uma cruz azul de primeiros socorros presa às costas traziam consigo que em plena rua aberta sentia-se aquela brisa, chegando a arder nos olhos.
Saldo geral: 4h23 minutos, bem mediocrezinho, mais uns minutos de troco devidos à parada no km 8 para interromper a gestação de um cocô que me emprenhava desde o início da prova. E um pé bem ferradão pra passar o resto do dia mancando.
E mancando fomos perder mais tempo errando a estações de metrô, esperar 10 minutos pela passagem de cada trem, transfomar uma viagem de meia hora segundo o igualmente confusíssimo aplicativo, em viagem de hora e meia. Para ver o museu memorial da guerra da Coréia em pouco menos de 1 hora, tentar caminhar até a alegada rua do K-pop, o que quer que isso significasse, e não encontrar lá nada relevante além de uma imagem de um gatinho bocó.
Já varados de fome, entramos no primeiro e quase único restaurante pela frente, sem cardápio em inglês e com um garçom muito ruim também na língua, mas superprestativo, enfiando o tempo todo o celular com tradutor na nossa cara, oferecendo sopinha, sashimi de carne crua raiz e coisa e tal, que não sabíamos se ia entrar na conta. Não entraram. Bom negócio, pelo preço de uma sopa de miojo, mais apimentada do que um filme de arte do deputado Alexandre frota com seus travestis serelepes.
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