20/11 - 北京

Hoje de novo foi um daqueles dias felizes, ou ao menos tentou ser. Quem precisa ir a mais um templo ou visitar palácio disto ou daquilo, para ver a dentadura do imperador da dinastia Quing ou o plugue anal de Mao quando pode ir pra a... Universal Beijing!

Não sem fazer aquelas perguntas de resposta óbvia, mas em vão, ao guardinha monoglota (às vezes três num mesmo vagão do metrô... Vigiar e punir é coisa séria por aqui...), mas tampouco com grande dificuldade, porque a estação fica literalmente na porta do parque, tio Aderbal foi de novo andar de montanha russa com a molecada. Alguns já nem mais tão jovens, vi vários marmanjos certamente maiores de idade vestidos de Harry Potter, carregando aquela varinha de plástico que só lhes serviria para causar aborrecimento ao tentar entrar nos brinquedos e ter que ser deixada guardada num locker, obviamente pago.
O que não vi foram ocidentais. Num parque apinhado de gente, como tudo por aqui é, ao longo de 11 horas contei 7 pessoas não-orientais, quatro delas parte de um mesmo grupo.

O parque em si, bem maior que aquela coisa meia-boca de Busan, mas ainda um pouco menor do que a Universal da Flórida, procura imitar a sua matriz, em alguns casos com brinquedos idênticos aos dela.
Parque de diversão é que nem fios brancos em minha barba, tá sempre cheio, mas o daqui consegue subir uns 4 tons na escala da superlotação.. filas já enormes desde a hora da abertura e, o que é ainda mais assustador, em cada brinquedo uma estrutura de cercadinhos umas 5 vezes maior do que a parte já ocupada pelas pessoas. Se no começo do dia, cada fila já nos tomava uns 40 minutos, imagino que num fim de semana de alta temporada o jovem rapaz vestido de Harry Potter fique 3 horas aguardando pra dar aquela voltinha de 2 minutos...

Mas o principal desapontamento foram os brinquedos em si... À exceção de uma única montanha russa mais radical, e, curiosamente, a menos lotada ao longo de todo o dia, a maior parte era tema e variações do carrinho com um filme na frente, que treme e se inclina um pouco para dar a sensação de movimento. Várias nem sequer montanhas, mas morrinhos russos, nenhum elevador que despenca as cadeiras lá de cima...

Obviamente, todos os filmes, sons e material audiovisual é dublado para o chinês. Na última hora de funcionamento do parque, finalmente esvaziou bastante e dava pra voltar aos brinquedos praticamente sem fila. Mas a vontade nem era tão grande, fosse porque faltava adrenalina nas atrações, fosse porque o caminho de cercadinho a percorrer até chegar aos trilhos propriamente ditos era tão enorme que desanimava.

De qualquer modo, 20 voltas dadas, 3 delas na única montanha russa realmente memorável. Não foi o melhor parque de diversões de meu currículo, mas foi uma forma digna de evitar ir visitar a Cidade Proibida. Já na saída do parque, novamente minha tesudibilidade master deu novamente as caras! Eu estou muito foderoso nesta viagem! Deve ser porque as chinesas intuem que, também em termos de dimensões fálicas, em terra de cego quem tem um olho só é rei: uma das funcionárias se despedia simpaticamente de todos que passavam pelo portão, dando tchauzinhos efusivos, mas quando passei por ela, tirou do bolso e me presenteou, do nada, com um adesivo de um mínion, só a mim, até onde consegui perceber...

E então, para coroar o dia, no metrô de volta para o hotel, uma tia chinesa resolve gorfar quase nos meus pés, para pânico e desconcerto da filha pequenininha dela, coitada, que não sabia o que fazer. E, nestas horas, em vez de três guardinhas no vagão, não havia nenhum.


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