22/11 - 杭州
Ontem, após mais algum tempo perdido correndo atrás de casas de câmbio e mesmo bancos inexistentes apontados pelo Google Maps, acabou ficando tarde demais para trocar os dólares. Faltando ainda 4 minutos para o fechamento da agência, encontramos um banco que prometeu que o faria, mas pediram que voltássemos no dia seguinte, estariam abertos desde às 9 da manhã. Achei pouco profissional, tendo em mente a postura adotada na Universal Beijing, de manter os brinquedos funcionando até o último segundo do tempo de abertura. Fui entender hoje o porquê: uma hora e meia de burocracia e hesitação para fazerem aquilo que o tio da cabininha de câmbio do aeroporto faz em 15 segundos. 30, se naquele país for muito burocrático. Pareceu que nunca haviam feito uma operação de câmbio na vida, e nunca voltarão a fazer outra, pelo modo como ficavam se consultando entre si sobre os itens do formulário. Era imprescindível informar, entre tantas outras coisas, o endereço do local de meu nascimento. Com CEP. E cada letra do alfabeto latino lhes era excruciantemente dolorosa para converter ao chinês, como o oposto também me seria. Dez minutos de paralisante desconfiança porque a categoria indicada no visto era de negócios, e não de turismo. Agora entendo porque a embaixada só concedeu este visto, caríssimo, de múltiplas entradas, por 5 anos. Se concederem vistos menores e mais baratos, de 30 dias, ninguém que já esteve aqui volta para pedir o segundo futuramente.
A cidade, durante o dia pareceu um pouco menos impactante do que na noite anterior, mas ainda assim foi um lugar bonito de se passar um dia passeando pela região do lago, subindo montes adjascentes, visitar o museu da seda e, já à noite, o espetáculo luminoso dos prédios da orla do rio se acendendo, numa imitação dos de Hong Kong. A gente se acostuma também com o deslumbrante. É mais marcante o dia do descabaçamento, com a Dilma, do que a septocentésima quadragésima quinta bimbalhada de sua vida, com a Zooey Deschanel.
Pra fechar o dia, outro espetáculo luminoso, desta vez da enorme fonte em um canto do lago, estilo pracinha central de Presidente Venceslau depois dos anabolizantes, simplesmente não aconteceu. Assim como não encontramos uns 3 supermercados indicados no Google Maps, inclusive um, acreditem, enorme Carrefour, e tivemos que acabar comprando umas bobagens em lojnha de conveniência local mesmo. Pega um chocolate aqui, uma jujuba ali, e a conta acaba batendo nos 60 yuans.
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