27/11 - Epílogo
A viagem até o aeroporto custou, em vez de 4 yuans mais 50 pro maglev, 7 yuans pelo trecho todo de metrô convencional até lá. Achamos uma boa economia, ao custo de não poder tirar uma foto na frente de um trem, que ficaria esquecida para sempre lá num HD, como ficam todas as outras fotos de todas as outras viagens. Diz muito deste cacoete de apontar sempre para a frente que é um dos sintomas da doença da vida. Se nem eu mesmo retorno às fotos que tirei, às bobagens que escrevi, aos discos que gravei, por que alguma outra pessoa o faria, ocupada demais que está em também negligenciar seu passado para construir um futuro que será posteriormente negligenciado? E se cada vez mais todos produzimos para olhos e ouvidos inexistentes, que diferença faz produzir, afinal? Dia vazio de acontecimentos, a menos que eu faça hoje a crïtica de cinema de todos os filmes que assisti. Coisa de 30 horas ou com a bunda sentada numa cadeira de avião ou em pé numa fila para embarcar n